domingo, 27 de novembro de 2011

|Parceria| Martin Claret

Olá bonitos (:
Estou aqui para divulgar a mais nova parceria do L&R *-* YEEEEEEEEEEY



A Editora Martin Claret foi fundada em São Paulo, no início da década de 1970, pelo empresário, editor e jornalista gaúcho Martin Claret, para publicar, em um primeiro momento, as obras do filósofo e educador brasileiro Huberto Rohden, autor mundialmente conhecido de mais de 65 obras sobre filosofia, religião, ciência e educação.

Hoje, a Editora possui aproximadamente 500 títulos em catálogo, de obras-primas da literatura universal, de filosofia, direito, política, sociologia e religião. É uma empresa editorial altamente diferenciada, operando em nichos criados pela própria empresa.

Em 1982, o fundador da Editora lançou na indústria editorial brasileira o livro-clipping (o livro montado, de vários autores), voltado para o crescimento espiritual e humano do leitor. Nesse segmento, possui atualmente 6 coleções, com mais de 150 títulos.

Outra inovação da Editora foi o livro-pocket com alta qualidade gráfica, a preços acessíveis, com a coleção A Obra-Prima de Cada Autor, cuja proposta é de 500 títulos, dos quais a editora já publicou 300 volumes. Grande parte desses títulos são recomendados ou adotados em escolas, faculdades e vestibulares.

Para que nosso leitor possa inteirar-se de nosso projeto empresarial-educacional, transcrevemos abaixo os objetivos, a filosofia e a missão da Editora Martin Claret:


Os Objetivos

O principal Objetivo da Martin Claret é continuar a desenvolver uma grande e poderosa empresa editorial brasileira, para melhor servir a seus leitores.


A Filosofia

A Filosofia de trabalho da Martin Claret consiste em criar, inovar, produzir e distribuir, sinergicamente, livros da melhor qualidade editorial e gráfica, para o maior número de leitores e por um preço economicamente acessível.


Missão

A Missão da Martin Claret é conscientizar e motivar as pessoas a desenvolver e utilizar o seu pleno potencial espiritual, mental, emocional e social.

A Martin Claret está empenhada em contribuir para a difusão da educação e da cultura, por meio da democratização do livro, usando todos os canais ortodoxos e heterodoxos de comercialização.

A Martin Claret, em sua missão empresarial, acredita na verdadeira função do livro: o livro muda as pessoas.

A Editora Martin Claret, em sua vocação educacional, deseja, por meio do livro, claretizar, otimizar e iluminar, a vida das pessoas.

Encontre: Site - Twitter - Facebook - Blog


E aí gostaram? Porque eu a-m-e-i! *-*

Beijos pra vocês, queridos e até a próxima :*

quinta-feira, 24 de novembro de 2011

|Resenha| Los Angeles


Título: Los Angeles
Subtítulo: Família Walsh, livro 3
Autora: Marian Keyes
Editora: Bertrand Brasil
Ano: 2007
Páginas: 484
Sinopse:
Maggie sempre foi uma anjinha, a cria mais certinha da complicada (e engraçadíssima) família Walsh... até se cansar de andar na linha e mandar todas as regras que a prendiam a um dia-a-dia em sal (e muito menos açúcar) às favas - a começar pelo casamento (que, para o bem da verdade, nunca havia realmente engrenado) e o trabalho bitolante numa firma de advocacia. Ao largar essa vida em preto e branco no passado, Maggie decide se mandar para o lugar onde a realidade promete ser em Technicolor: Hollywood, claro! Terra do glamour, da liberdade, da beleza (até as palmeiras das calçadas são magras), da luxúria e, obviamente, da diversão! Em Los Angeles, o sexto romance de Marian Keyes, a consagrada autora de "Melancia" e "É Agora... Ou Nunca", acompanhamos Maggie Walsh em sua busca por um sentido na vida em meio às calçadas estreladas de Hollywood, os subúrbios sofisticados de L.A., o bronzeado deslumbrante que só se consegue nas praias da Califórnia, vários martínis, algumas decepções... e muitas risadas, claro. Ao se hospedar com sua melhor amiga, Emily, uma pretendente a roteirista, Maggie começa a fazer coisas que jamais fizera antes: se infiltra em grupinhos de estrelas de Hollywood (mesmo que do segundo escalão), usa meias-calças na cabeça para firmar o penteado, se especializa em ser cara-de- pau profissional para realizar apresentações de roteiros a grandes (ou nem tanto) produtores... Mas será que em meio a tanta aventura, drama e comédia pastelão haverá espaço para um romance - daqueles bem cafonas e açucarados (ou seja, os melhores de todos)? Para o Daily Mail, "ler um romance de Marian Keyes é como estar à mesa com um grande amigo, aquele a quem você faz confidências, enquanto ele coloca você a par das novidades e das suas paqueras".


Resenha:
“Em breve estaremos pousando no Aeroporto Internacional de Los Angeles. Por favor, certifiquem-se de que o encosto de suas poltronas está na posição vertical, de que você não está nem um quilinho acima do peso e de que seus dentes estão brancos como a neve.”
- Prólogo

Los Angeles conta a história de Margaret uma das 5 filhas da família Wash, que sempre foi tida por seus pais e suas irmãs como a filha certinha e puxa-saco. Ela acaba de descobrir que seu marido Garv lhe foi infiel, e aos poucos vê seu casamento desmoronar. Mesmo que no fundo ela soubesse que algo estava tremendamente errado, a separação foi bastante dolorosa, apesar de calma.

“Eu não devia estar arrombando a casa da mulher-trufa para manchar o seu carpete e picotar a cortina da sala? Não devia estar fazendo planos para tesourar as mangas das camisas e as pernas de todas as calças de Garv?”
- Página 51

Desnorteada, e louca por uma distração, Maggie vai para a casa de sua amiga Emily, uma roteirista desconhecida que vive em Los Angeles e se vê rodeada de pessoas com aparência perfeita plástica weba!, vestidas maravilhosamente bem, e que só fingem que comem (a grande maioria, atores e roteiristas desempregados).

Quando lemos sobre Maggie nos livros lançados anteriormente, nos baseamos no conceito que suas irmãs criaram para ela para caracterizá-la. Mas depois de ler Los Angeles nós percebemos que Maggie é na verdade uma mulher normal, com problemas normais. E ao longo do livro ela conta a sua própria versão da história de sua vida a mais verdadeira, obviamente e me deixou muito surpresa com ela.

Em LA ela passa por situações realmente inusitadas como sexo lésbico e selvagem, separadamente e o modo que ela lida com elas é realmente interessante.

O livro é divertidíssimo, há partes em que você simplesmente não consegue parar de rir mesmo. Mais uma vez Marian Keyes não deixou a desejar. Los Angeles é um ótimo livro do gênero Chick-LIt, e se você curte, não hesite em ler!

“Ler um romance de Marian Keyes é como estar à mesa com um grande amigo, aquele a quem você faz confidências, enquanto ele coloca você a par das novidades e das suas paqueras”.
- Daily Maie


domingo, 20 de novembro de 2011

Na Minha Caixinha de Correio #3

Oláá ((:
Gente eu fiquei meio psico nesse vídeo, não se assustem kkkk *0*





Citei


Recebi
  • Kit O Céu Está em Todo Lugar
  • 2 Canecas com Gel Congelante
  • Um copinho com luzes
  • Váários mimos Literários


Então é isso galera, se você gostou (ou não) do vídeo, comente aqui embaixo deixando sua opnião, ok ?

Beijos ;**


sábado, 19 de novembro de 2011

|Riso| Livro & Riso...?

Como muitos sabem (pelo menos deveriam saber) o nome desse blog é Livro & Riso... O que nos leva a pensar... Eu vi muitas resenhas fantásticas sobre livros excelentes aqui, mas... Riso...? Aonde tem esse "riso" aí...? Pois bem... Esse post promete vai tentar fazer você rir esboçar uma risada (pelo menos)... Mas antes, lembre-se, esse post tem o objetivo de fazer humor com a autodepreciação de gêneros literários, por favor, não se ofenda.

Livros... O que são livros... Livros são instrumentos cuja origem ocorreu mais ou menos na antiguidade, quando os homens das cavernas sentiram necessidade de registrar suas caças, posses de novos territórios, cavernas, etc. Eles gostavam de fazer desenhos nas cavernas, mas depois foi evoluindo para os hieróglifos e papiros... Sua utilização ainda é difícil para muitos, devido ao seu alto grau de complexidade... Para sua utilização, em nosso país, é necessário a compreensão de um complexo sistema de códigos de 26 símbolos chamado alfabeto, ainda dominado inadequadamente ou não-dominado por muitos... Outra coisa que acarreta o desinteresse de muitas pessoas pelos livros é o fato de terem muito texto e nenhuma foto de mulher pelada. Mas fique tranquilo, se você está lendo isso você provavelmente não é assim...


Existem vários tipos de livros, entre eles, os de ficção, os de auto ajuda, os didáticos (por que não?), os não-ficção, infantis,culinários, entre outros (vários outros... Vários mesmo...). Vamos falar de alguns gêneros aqui. A cada semana um gênero literário diferente, hoje vamos falar sobre os livros de auto-ajuda.

Auto ajuda

Os livros de auto ajuda sempre tem um otimismo irritante, e são BEM caros, mas, ainda assim, 90% das pessoas são desprovidas de raciocínio lógico (burras) o suficiente pra quererem comprar um livro com frases do tipo "Se Não Deu Certo, Tente De Novo", "Sempre Veja a Luz no Fim do Túnel", ou "Se Você Perseguir os seus sonhos, tudo dará certo, mesmo que esse sonho seja fazer bolas de neve na península ibérica comendo caroços de melancia com esquimós que fazem quimioterapia por prazer"... Alguns apelam para fofolices exacerbadas, com fotos de gatinhos e cachorrinhos correndo e brincando numa bela fazenda, ou praia também, praias são populares... Vários escritores de livros de auto ajuda não terminaram a faculdade de Psicologia, por motivos de péssimas notas e/ou porque o papai não conseguiu bancar. Eles criam um mundo fantasioso onde tudo é possível (ainda não estamos falando de Crepúsculo e Harry Potter), falam como qualquer um, menos você, pode se tornar rico, milionário, famoso e assim se tornar um ser perfeito em um mundo maravilhoso onde todos dizem obrigado e por favord...

Momento SérioAugusto Cury (brasileiro \o/) escreve muito bem nessa linha de pensamento, alguns exemplos bons (eu realmente li esses livros) são "Nunca Desista dos seus Sonhos" e " Seja Líder de si Mesmo".


Lembre-se de comentar esse post dizendo como você gostaria que fosse a periodicidade do mesmo (uma vez por mês, uma vez por semana... Só pra eu saber) e qual o gênero literário você gostaria de ler comentado aqui... Por enquanto é só galera... Até semana que vem...


Veja mais em My Memories of no YouTube

quinta-feira, 17 de novembro de 2011

|Resenha| Os 13 Porquês


Título: Os 13 porquês
Título Original: Thirteen reasons why
Autor: Jay Asher
Editora: Ática
Ano: 2010
Páginas: 244

Sinopse:
Você não pode interromper o futuro , nem modificar o passado. O único jeito de descobrir este segredo é apertando o play.
Para Clay Jersen as fitas cassetes gravadas por Hannah Baker não tem nada a ver com ele.
Hannah está morta. E seus segredos devem ser enterrados com ela. Só que a voz de Hannah diz a Clay que o nome dele está em uma história dessas fitas - e que ele, de alguma maneira, é responsável por sua morte.
Tomado por espanto, angustia e muito medo, Clay permanece escutando as gravações madrugada afora. Ele segue as palavras de Hannah pelas silenciosas ruas de sua cidade...
e o que ele descobre, muda sua vida para sempre.

Resenha:

Um livro que começa entregando seu desfecho não pode ser o tipo de livro que te deixe curioso até a última página, certo?! É provável que sim, mas não é isso que acontece. Jay Asher constrói seu livro de forma brilhante, envolvendo o leitor em uma aura de suspense e imenso interesse, que te faz sentir a necessidade de saber mais, de entender mais.

"Nós dois rimos. E isso traz uma sensação boa. Uma libertação. Como rir num funeral. Algo talvez inapropriado, mas definitivamente necessário."
-página 202

Clay recebe 7 fitas pelo correio, sem remetente, trazendo a voz de uma menina, que havia se suicidado a pouco, narrando as 13 coisas (e pessoas) que, como numa boa de neve, culminaram na sua tragédia. Essas fitas deveriam percorrer pouco-a-pouco, o caminho de todas as pessoas citadas e, caso isso não ocorresse, uma gravação reserva deveria vir a tona de forma pública.

Em vista diso tudo, Clay se sente aflito e obrigado a escutar os relatos de Hannah, cada vez mais desesperado por saber de que forma se encaixa e influencia na tragédia.

Escrito de forma dinâmica, alternando o conteudo das fita e as e reações de Clay as declarações de Hannah, Asher aborda os sintomas de pessoas suicidas e a necessidade de buscar ajuda. Mais que isso, ele inicia uma reflexão e uma discussão sobre a influência que pequenos atos tem na vida de terceiros.

Um tema muito complicado que o autor consegue abordar com uma irreverência e inteligência, poucas vezes vista.
Vale todos os minutos dispensados a sua leitura.

"Um mistério, uma prece, uma cerimônia" (Sherman Alexie, autor de Diário Absolutamente Verdadeiro De Um Índio De Meio Expediente)

"Um romance de estréria espetacular. Jay Asher conta sua história com tanta honestidade que a tragédia se torna surpreendentemente real." (Gordon Korman, autor de Uma Nota Errada [The 39 clues])


Obs.: Esse livro vai parar nas telonas em breve :) Se o roteiro for bem escrito, se tornará um ótimo filme! Uma pena que estejam cotando (parece que já está até contratada) a Selena Gomez pro papel principal (acorda, galera! Selena é atriz de comédia romântica da disney e não de filme de suspense). Só nos resta torcer pelo sucesso da produção.

sábado, 12 de novembro de 2011

Na Minha Caixinha de Correio #2

Oie (((:

Eu fiz esse em vídeo, apesar de ter ficado super tímida nele ;ss
maaas por voces eu faço tudo então..





Citei:

Recebi:

- Livros:
  • Cidade das Cinzas - Galera Record
  • Cidade dos Ossos - Galera Record
  • Ler Viver e Amar em Los Angeles - Casa da Palavra
  • Palavra por Palavra - Sextante
  • O Portal - Linhas Tortas


- Marcadores:
  • A Vida em Tons de Cinza
  • Vocação
  • Pops


Então é isso gente, assistam e comentem, e aproveitem para dizer que tipo de post voces preferem. ;**

quinta-feira, 10 de novembro de 2011

|Resenha| Sushi


Título: Sushi
Autora: Marian Keyes
Editora: Bertrand Brasil
Ano: 2009
Páginas: 574
Livo no Skoob

Sinopse:
"Sushi" é um livro sobre a busca da felicidade. E ensina que, quando você deixa as coisas ferverem sob a superfície por tempo demais, cedo ou tarde elas acabam transbordando. Perspicaz, engraçado e humano, este romance de Marian Keyes consolida sua posição como a mais popular jovem autora da Grã- Bretanha. Lisa Edwards, a durona e sofisticada editora de revistas, acha que sua vida acabou, quando descobre que seu novo emprego "fabuloso" não passa de uma ordem de deportação para a Irlanda, com a missão de lançar a revista Garota. Ashling Kennedy, a editora assistente da Garota, também tem seus problemas. É a Rainha da Ansiedade, e não é de hoje que sente que algo não está cem por cento na sua vida. E não só porque o que lhe sobra são bolsas, falta em cintura e namorado - mas porque, no fundo, no fundo, falta algo mais, como aquele pontinho minúsculo que fica na tela quando a gente desliga a TV à noite. Conhecida como "Princesa", a vida sempre deu a Clodagh tudo que queria (e por que haveria de ser diferente, quando se é a garota mais bonita da turma?). Ao lado de seu príncipe e dois filhinhos encantadores, ela vive um conto de fadas doméstico em seu castelo. Mas então, por que será que nos últimos tempos anda sentindo vontade - e não pela primeira vez - de beijar um sapo? (Abrindo o jogo: de dormir com um sapo). Mais um sucesso de Marian Keyes, que vem divertindo milhares de leitores no mundo todo.

Resenha:
“- Droga –pensou ela ao se dar conta –Acho que estou tendo um colapso nervoso.
Correu o olhar pela cama onde estava jogada. Seu corpo há muito necessitado de um banho espalhava-se letargicamente sobre o lençol há muito necessitado de uma troca. Lenços de papel encharcados e amassados atulhavam o edredom. A poeira se acumulava sobre um arsenal intacto de chocolate em cima da cômoda. A televisão no canto bombardeava sua cama sem trégua com a programação da manhã. Opa, colapso nervoso, não tinha nem talvez.
Mas algo estava errado. O que seria?
- Sempre achei... –ela arriscou –A verdade é que sempre esperei...
Do nada, ela soube
- Sempre achei que seria melhor do que isso...”

Sushi conta a história de três mulheres absolutamente diferentes, mas que acabam com suas vidas interligadas de uma maneira inesperada.

Lisa Edwards é o tipo de mulher altiva, orgulhosa, e bem vestida. Uma mulher que não leva desaforo para casa. Mas é também trabalhadora, luta pelo que quer com unhas e dentes, chegando a passar por cima dos outros para chegar ao topo.

Lisa mora em Londres, trabalha em uma famosa revista onde esperou por meses a chance de ser promovida, mas na verdade ela acaba sendo transferida para Dublin a fim de chefiar uma nova revista chamada “Garota”, uma proposta que ela odeia logo de cara, mas não vê outra opção que não incluísse a demissão. E é assim que sua vida cruza com a de Ashling Kennedy, uma de suas novas subordinadas, uma mulher que aprendeu a cuidar dos outros, mas esqueceu de cuidar de si mesma. Ashling tem uma vida amorosa desastrosa e no fundo sabe que sempre invejou o casamento de sua melhor amiga Clodagh Kelly.

Clodagh é o tipo de mulher linda e bem casada, tem dois lindos filhos e uma casa invejável. Ótimo, não é mesmo? Bem, ela não pensa assim. Quando a conhecemos melhor, percebemos que ela é uma mulher que simplesmente desistiu de lutar contra a vida e decidiu apenas se deixar levar. Ela sente que há algo faltando em sua vida, mas não faz nada para encontrar uma solução.

Essas mulheres tão diferentes acabam em situações onde lutar contra suas provações e encontrar novamente o prazer em viver, é crucial.

Sushi tem um enredo prazeroso e completo, pois traz além do divertimento uma oportunidade de conhecimento sobre uma situação que todos nós podemos vivenciar. Uma leitura altamente recomendada (:

“Como sempre, Marian Keyes consegue fazer com que você alterne lágrimas e gargalhadas até a última página”
- Company

sábado, 5 de novembro de 2011

|Resenha| A Revolução dos Bichos


Título: A revolução dos Bichos
Título Original: Animal Farm: a Fairy Story
Editora: Companhia das Letras
Ano: 2007
Páginas: 147
Sinopse:
Cansados da exploração a que são submetidos pelos humanos, os animais da Granja do Solar rebelam-se contra seus donos e tomam posse da fazenda, com o objetivo de instituir um sistema cooperativo e igualitário sob o slogan "Quatro pernas bom, Duas pernas ruim".
Mas não demora muito para que alguns bichos - em particular os mais inteligentes, os porcos - voltem a usufruir de privilégios, reinstituindo aos poucos um regime de opressão, agora inspirado no lema "Todos os bichos são iguais, mas alguns bichos são mais iguais que outros".
A história da insurreição libertária dos animais é reescrita de modo a justificar a nova tirania e os dissidentes desaparecem ou são silenciados à força.
Instrumentalizada na época da guerra Fria como arma anticomunista, A Revolução dos Bichos transcende os marcos históricos da ditadura stalinista que a inspirou e resplandece hoje, passados mais de sessenta anos de seu surgimento como uma das mais extraordinárias fábulas sobre o poder que a literatura já produziu.

Resenha:

Esse livro foi escrito em 1945 porque Orwell (pseudônimo de Eric Arthur Blair) queria mostrar, de um jeito simples e fácil de compreender, uma outra face do comunismo Russo. Ele até afirma que seu livro não tem grandes pretensões literárias além de passar a sua mensagem pros leitores.

Do pouco contato que teve com essa nova forma de regime pode perceber que estava longe de ser as mil maravilhas que a sociedade e imprensa inglesa (aliada da Rússia na 1ª Guerra Mundial) pintavam. Quis então contrariar o padrão e mostrar pra todos a sua visão dos fatos.

O livro é uma “fábula-sátira” (se esse termo existir, se aplica perfeitamente a situação) clara da revolução russa e seus personagens. Mostra desde o ápice da revolução, quando os rebeldes conquistam o território, até a opressão e o declínio daquela nova sociedade.

Major, um porco ancião, antes de morrer, coloca na mente de todos os animais da fazenda que é preciso que eles comecem uma revolução, não importa quando, mas tem que acontecer, porque o homem os usa para conseguir seu sustento, e eles, que trabalham muito, vivem na miséria.

“(...) - E lembrai-vos, camaradas, jamais deixai fraquejar vossa decisão. Nenhum argumento vos poderá desviar. Fechai os ouvidos quando vos disserem que o Homem e os animais têm interesses comuns, que a prosperidade de um é a prosperidade dos outros. É tudo mentira. O Homem não busca interesses que não os dele próprio. Que haja entre nós, animais, uma perfeita unidade, uma perfeita camaradagem na luta. Todos os homens são inimigos, todos os animais são camaradas.”
 - página 14
Mais cedo do que se esperava, isso acontece. Sob a máxima de “quatro pernas bom, duas pernas ruim” e “todos os bichos são iguais” os bichos colocam os humanos pra fora e assumem o controle da Granja do Solar que passa a se chamar Granja dos Bichos.
Criam mandamentos que implicam na igualdade dos bichos e na aversão a todo tipo de coisa que tivesse ligação com o Homem. Educam toda a população da granja.

Os porcos (que são os mais inteligentes) acabam ficando no poder, e com o tempo acaba virando uma tirania, onde quem se mostrava contra as decisões tomadas pelo governante, era assassinado.

Aos poucos, mostra uma aproximação entre porcos e Homens, que vai modificando os mandamentos iniciais e até a máxima que passa a ser “todos os bichos são iguais, mas alguns bichos são mais iguais que outros

Fica claro ao leitor que o porco “Bola-de-Neve” representa Trotsky e que o porco “Napoleão” representa Stálin, enquanto o “Homem” representa o capitalismo. Entretanto pode ser comparado a praticamente todos os governos opressivos que já existiram na Terra.
Pra mim, essa fábula transcende o conteúdo da Revolução Russa e fala sobre o caráter das pessoas, suas atitudes e discursos quando são subordinadas e quando tem o poder sob as mãos. Mostra a corrupção do homem e seu egoísmo.
Confesso que não me animei muito quando minha ex-professora de geografia quis me emprestar esse livro (apesar da capa colorida), mas não me arrependi nem um pouco de ter lido. Pelo contrário, acho que essa deveria ser uma leitura obrigatória (não pra tornar as pessoas mais avessas ao comunismo, mas sim pra alertar as pessoas do abuso de poder, de seu governo e até de suas próprias atitudes).

Pra quem se interessa por história e pra quem não tá nem aí pra isso, fica essa boa dica aqui. =)